sexta-feira, 2 de julho de 2010

Resenha dos Livros propostos e da intervenção urbana

        Tomando como base a leitura dos livros: Lições de Arquitetura e Mortes e vida de Grandes Cidades pode-se estabelecer uma certa proximidade entre os assuntos relatados pelos autores. Jane Jacobs comenta que a relação de aproximação dos vizinhos pode promover a segurança da rua, do bairro e até da cidade e o interessante é que Hertzberger propõe a criação de alguns detalhes na construção que contribuem para essa interação entre as pessoas, como exemplo temos as Moradias Haarlemmer Houttuinen que possuem varandas com divisões em diferentes níveis para que os moradores possam conversar.
        Como diz Herman: “Não é preciso muito par que as coisas sirvam como uma espécie de estrutura à qual a vida cotidiana pode ligar-se” e a partir dessa ligação surge a vida pública na Cidade, Jacobs nesse aspecto sugere por exemplo que calçadas largas podem ser mais importantes que parques infantis, pois as crianças podem ficar em segurança próximas as suas moradias e a área pode servir a outras atividades. Mas nem sempre as grandes áreas livres são bem vistas, pois o que vale é o uso e não a extensão do local. A partir da situação levantada a autora do livro sente a necessidade de um planejamento urbano em que as funções locais atraiam as pessoas em horários distintos, e completando o pensamento de Jacobs, Hertzbeger traz alternativas como a criação de claraboias de vidro em um centro musical, calçadas mais elevadas que possibilitem a apropriação do usuário a qualquer momento.
        Voltando na idéia dos detalhes eu considedaria minha intervenção como um “objeto” na cidade, mas embora desprovido de tamanho, quando comparado a uma região , o acampamento é repleto de reflexões e até mesmo pode criar uma solução para áreas que não possuem um grande tráfego de pessoas. A partir do momento de criação do camping observa-se a aproximação de pessoas que buscam interagir com o projeto e até mesmo usufruírem dele, questões as quais são apontadas pelos autores.

Modelagem SketchUp - Casa Layer

Acampamento Urbano - Vagas Volantes

        Por que não acampar na rua? Nós realmente observamos o que acontece na cidade em que vivemos? A resposta está justamente no trabalho de intervenção urbana realizado pelo meu grupo, que propôs a criação de um camping em uma vaga automotiva. A nossa idéia, que pouco tinha de construções complexas, quis mostrar para as pessoas uma atividade já existente , que com as devidas precauções poderia ser realizada na ruas.
        Pode parecer um pouco “louco”, mas acampar na cidade tem algumas vantagens como: uma pizza entregue na sua barraca, ser presenteado por vizinhos simpáticos, se faltar lanterna “nem tudo está perdido” os postes de luz contribuem bastante, porém existem também algumas desvantagens como: assaltantes e até mesmo um pedreiro que tem vontade de pegar sua “banca”(barraca) , pausa para os risos. A verdade é que você pode se divertir bastante com seus amigos e tudo isso sem fazer uma viagem extensa.

Informativo Manuelzão n°49 - Coisas Esquecidas

Preço da água
        O cálculo sobre a cobrança pelo uso da água do Velho Chico foi aprovado, porém essa cobrança envolve setores e interesses divergentes. O cálculo é baseado nos possíveis valores para cada tipo de usuário, a idéia é que esse valor não inviabilize nenhuma atividade já realizada.

Mais sujo que parece
        Os cursos d’água muitas vezes são poluídos por esgotos, porém existe a poluição difusa( fumaças de carro, sujeira das ruas e telhado, agrotóxicos no meio rural, entre outros) que nem sempre é citada .Em algumas épocas do ano a poluição difusa nas águas pode ser mais acentuada que a poluição provocada pelos esgotos.No Brasil, as ações de controle da poluição difusa ainda se concentram no campo de pesquisa.

2010 Bate à porta
        O ano de 2010 se aproxima e a meta é despoluir o Rio das Velhas de forma que seja possível nadar, navegar e pescar no rio.Já e possível perceber mudanças depois que houve o investimento para realização do projeto de saneamento no rio e além do mais em vários municípios têm ocorrido ações para promover a limpeza dessas águas da melhor forma possível.

Joga fora...no rio
        A água do rio passa por um longo tratamento até chegar pronta para uso em nossas casas. O problema é que as empresas que promovem a limpeza da água produzem uma mistura de substâncias conhecidas como lodo(constituídos de restos de produtos químicos utilizados na água) e o destino incorreto para esse resíduos pode provocar problemas como assoreamento dos rios e outros desequilíbrios ambientais.


Morreu na contramão atrapalhando o tráfego (Comentada)
        Boa parte dos cursos d’água existentes na capital mineira encontram-se canalizados. Tal fato, além de outros motivos, decorreu também das reclamações de antigos moradores que se locavam em regiões próximas aos córregos e acreditavam que a canalização e vedação das águas era o melhor caminho. Hoje percebemos que essa circunstancia contribuiu para que a história da cidade se perdesse um pouco, pois em BH quase não há rios a vista e os que estão são muitas vezes confundidos com esgotos.
        Ainda hoje observamos atitudes desse tipo. O rio Arrudas ,por exemplo, está sumindo cada vez mais da cidade, pois os projetos urbanísticos propostos para melhorar o trânsito e outros aspectos da metrópole tem como meta a vedação parcial ou total dos rios. Esse tema inclusive foi parte de um trabalho realizado no meu curso de arquitetura em que os alunos deveriam criar uma função para a área ainda aberta do Arrudas de forma que o rio não fosse fechado. Surgiram as mais variadas idéias para a apropriação do local sem esquecer do rio e na minha opinião isso já pode ser visto como um começo para novas formas de pensar nos curso d’água.

Informativo Manuelzão n°50 - Nossa Herança


Inundações: onde está o saber urbanístico da UFMG?
        A reportagem fala a respeito das inundações que ocorrem no campus UFMG da Pampulha em períodos muito chuvosos. Como o ambiente é um local de ensino e foi projetado por bons profissionais da área de planejamentos urbano é de se esperar que ele não ofereça problemas nas épocas de chuva, mas não é o que acontece. A universidade alega que a impermeabilização dos solos no processo de urbanização da cidade como um fator determinante para a situação atual, porém na própria instituição ocorre a alteração no solo.



Expedição a caminho
        No ano de 2003 três canoístas desceram 801 quilômetros entre a nascente e a foz do Velhas. O objetivo era chamar atenção para os graves problemas enfrentados pelo rio. Em 2009 aconteceu algo semelhante, dessa vez a idéia era mais ampla e tinha como tema a bacia, foram realizadas mini-expedições, atividades por grupos de ciclistas e caminhadas em prol da preservação do congado.

Raio-X no Velhas
       Foi realizada uma pesquisa no trecho de 1 quilometro do rio para avaliar processos como o assoreamento, a degradação da mata ciliar, no ecossistema. Com esse trabalho foi possível analisar o comportamento de seres vivos locais expostos a diferentes níveis de qualidade ambiental e outros impactos causados pela degradação no entorno do rio.

Lixo sem fim
        No mês de janeiro de 2008, mais do que cheias aumentaram o volume do Rio das Velhas. Parte de um antigo lixão em Nova Lima foi parar dentro do Rio. Daí começam as discussões sobre a falta de espaço para o aterramento do lixo e surgem as idéias de eliminar os lixões e criar locais específicos p/ gestão do lixo com o uso da coleta seletiva.

Por favor a tecla SAP
       Conciliar desenvolvimento do Vetor Norte(conjunto dos municípios de Ribeirão das Neves, Santa Luzia, Vespasiano, Lagoa Santa, Pedro Leopoldo, São José da Lapa, Confins e Jaboticatubas. Grande parte da sub-bacia do Ribeirão da Mata, assim como municípios da região cárstica de Lagoa Santa integram o Vetor) da Região Metropolitana de Belo Horizonte com a preservação. Com o progresso da região a idéia foi criar um Sistema de Áreas Protegidas (SAP). O sistema deve estar concluído em 2010.



quarta-feira, 30 de junho de 2010

Modelagem SketchUp - Radamés


Perspectiva:
Cortes:

Cadernos de Receitas - Intervenção Vagas Volantes

(enquanto os outros grupos se desdobravam para construir os objetos de suas intervenções, o meu grupo -Mariana, Ícaro e eu- respirava aliviado por já pussuir todas as peças do trabalho. A ùnica coisa que faltava era uma mesa que, com certeza, deu muito mais trabalho que todas as peças de todos os grupos juntos).

Receita urbana:

Como não montar uma mesa

Ingredientes:
1 furadeira que solta faíscas, de difícil manipulação
1 martelo com o cabo quebrado, de preferência
Sobras de pregos dos trabalhos alheios
4 travas pequenas
4 parafusos médios
4 porcas pequenas
9 dobradiças de variados tamanhos
2 pedaços de madeira (60x40cm) com alças nas pontas
Pedaços de lixa
Ceguetas e serrotes emprestados
Fitas e barbantes a gosto

Modo de preparo:
1. Junte 3 amigos que, alem de não terem a mínima noção de marcenaria, querem montar uma mesa complexa e engenhosa, típica de arquitetos.
2. Se algo der errado, chame um professor ou um médico para ajudar. Eles com certeza terão uma idéia sua para destruir, mas outra para acrescentar.
3. Trabalhe a noite, de preferência 1 dia antes da entrega final do trabalho ou quando a escola já estiver prestes a se fechar.
4. Tenha uma ideia inicial complexa e não desista dela. Compre pouco material, o suficiente para apenas esse projeto e não conte com imprevistos.
5. Perca tempo, muito tempo, esforço e dinheiro tentando montar uma mesa desmontável, dobrável e rebuscada (cheia de detalhes). E, mesmo com a possibilidade dessa ideia não dar certo, só passe para uma outra mais simples depois de muito insistir na primeira.

Mão na massa:
1º passo - Pregue 2 dobradiças ligando os pedaços de madeira de forma que o conjunto abra e feche.
2º passo - Corte com serrote ou cegueta (se preferir) 4 cubos de madeira de aproximadamente 3x3cm em cada canto da superfície.
 
3º passo - Corte 4 pedaços compridos de madeira (não hesite em pedir emprestado). Agrupe-os de 2 em 2, passando um fio de ferro em seus centros. Eles serão os pés da mesa.

4º passo - Para dar mais sustentação, enrosque 4 porcas no fio de ferro de forma que prenda as madeiras compridas, e amarre uma fita ou barbante em sua parte inferior.
5° (e último) passo - junte todas as partes da mesa (superfície plana e pés da mesa).


Após todo o processo, teste a mesa, apoiando-a no chão.

- se ela começar a deslizar sobre o eixo, aperte mais as porcas.
- se ela continuar deslizando, aperte o barbante
- se ainda assim, depois de tanto esforço e tentativas, ela não parar de pé, desista.
6º passo- improvise com banquinhos.